quarta-feira, 4 de abril de 2012

[Análise] I Am Alive

Desenvolvedora: Ubisoft 
Distribuidora: Ubisoft 
Lançamento: 4 de abril 2012
Players: 1 Jogador


Quando I Am Alive foi anunciado na conferência da Ubisoft, realizada na Electronic Entertainment Expo (E3) de 2008, pouquíssimos detalhes vieram à tona. Apenas um vídeo foi demonstrado, mas já era possível notar que estávamos presenciando um jogo promissor. Felizmente, novas informações foram reveladas e as expectativas se tornaram ainda maiores.

Basicamente, a trama de I Am Alive envolve os acontecimentos de uma Chicago devastada por um terrível terremoto. Você encarna Adam Collins, um cidadão comum que sobreviveu à destruição e busca encontrar sua namorada e outros sobreviventes para obter atenção das forças do governo.

Tudo que se tem a fazer é sobreviver em meio ao caos. Para isso, você terá de ser cauteloso, pois os itens são escassos. Até mesmo garrafas d’água são difíceis de serem encontradas, mas contam com diversas utilidades e são extremamente valiosas. Com elas, você pode curar Adam ou utilizá-las para distrair seus inimigos.

As armas também não serão encontradas com freqüência, assim como munições. Ao empunhar uma espingarda vazia de um policial, por exemplo, uma boa alternativa é utilizá-la para ameaçar seus oponentes através de diversas táticas.

Um dos maiores diferenciais em relação aos demais jogos de sobrevivência é a perspectiva de I Am Alive. Em vez da perspectiva em terceira pessoa, o game se apresenta em primeira para que o jogador encare a Mãe Natureza de maneira mais realista.

Uma aventura mortal totalmente baseada em decisões difíceis

Depois de quase três anos de silêncio, a Ubisoft e a Darkworks resolveram se manifestar sobre sua vindoura criação que fora outrora anunciada na E3 2008. Estamos falando sobre o misterioso I Am Alive, que colocaria os jogadores por trás da persona de Adam Collins em uma metrópole desértica, toda em ruínas.


Antes de mais nada, esclarecendo o que já havia sido dito, o nome Adam Collins é uma mentira. O título levará o jogador a experienciar as aventuras de um homem sem uma denominação específica. O enredo é todo sobre a incessante procura desta pessoa por sua família, dentro de um mundo que passou por um acontecimento apocalíptico que mudou todo o rumo da existência humana, cujo produtor do game chama de “o evento”.

I Am Alive parece misturar um pouco de Prince of Persia e Tomb Raider com os saudosos saltos do desbravador de Pitfall.


Difícil de classificar

Aurelien Palasse, produtor da Ubisoft Shanghai, deu uma larga entrevista ao site Gamespot na qual ele descreve o game como um vindouro “triple-A”, que se aproxima muito do gênero survival horror. Porém, o estilo de sobrevivência do jogo não se trata de simplesmente sair atirando em zumbi ou em qualquer outra coisa que se mova, mas sim de realmente sobreviver às adversidades propostas no decorrer do enredo.

Basicamente, o protagonista tem uma quantidade limitada de força, estamina e resistência, pois ele não é nenhum tipo de super-herói. Isso quer dizer que o rapaz não pode simplesmente sair fazendo o que ele bem entender e, principalmente, deve tomar muito cuidado com as quedas e suas aventuras em ambientes hostis.

Não há metralhadoras gigantes, escopetas super possantes, balas perdidas ou munição escondida dentro de vasos de flores, nem bazucas no armário da sala dos professores de uma escola. I Am Alive fala sobre a vida normal, só que com muito mais ação, uma vez que se trata de um jogo de video game.

Blefes intimidadores

O game conta com um sistema de intimidação e blefe. O fato de os recursos serem extremamente escassos torna as lutas e batalhas desnecessárias praticamente impossíveis de serem travadas. O que pode ser feito, ao invés de lutar sempre, é tentar intimidar os adversários com armas que nem sempre estão carregadas, mentiras e blefes.


Por exemplo, se em uma determinada circunstância o personagem central, que porta apenas uma bala no seu revolver, encontrar-se cercado por malfeitores querendo tomar algo que ele possui, mesmo sem saber se o que os algozes querem, é possível atirar para o alto como um sinal de intimidação. Essa ação, quem sabe, vai deixar os adversários desorientados e mais fáceis de serem atingidos com o arco e flecha.

Decisões árduas, escolhas difíceis

O enredo principal do título é afetado de acordo com as escolhas que os gamers tomam no lugar do personagem principal do jogo. Há pessoas que podem ser salvas ou não, há parcerias que podem ser feitas ou inimigos que são criados.
As decisões são baseadas em questões muito difíceis como, por exemplo, usar os poucos recursos para salvar algumas pessoas necessitadas, o que pode lhe render alguma recompensa ou uma vida extra. Só que por outro lado, você não poderá usar o que cedeu a outrem em você mesmo em alguma outra situação distinta.


Muito já foi falado de I Am Alive. O survival, que traz várias inovações aos games apocalípticos, mostrou muito, ao mesmo tempo em que não revelou quase nada, deixando constantes incógnitas sobre a experiência que ele vai oferecer.
Agora, um novo trailer da aventura foi lançado, revelando mais sobre o sistema de escalada, ainda que em doses homeopáticas. Confira o que o Baixaki Jogos achou logo abaixo.


Liberdade total, mas nem tanto

Nada é mais frustrante do que estar em um game de mundo aberto e dar de cara com áreas completamente inalcançáveis para seu personagem. Por sorte, parece que isso não deve acontecer com frequência em I Am Alive.



Basta ver o trailer inteiro observando os cenários ao fundo para entender. Áreas que você tinha apenas visto como um enfeite ao longe, por exemplo, se revelam acessíveis com o prosseguir do vídeo.

Tente encontrar todos os nove canos vermelhos na imagem.

Uma pena que, pelo que parece, a odiada “visão de cal”, famosa no primeiro título da série Uncharted, também faz sua participação aqui; se quiser saber onde é possível se segurar, é só procurar pelos pontos vermelhos. Para um game que parece presar tanto pela sensação realista, isso pode se tornar um grande problema, já que tira muito da sensação de liberdade das mãos do jogador.


Faltou polimento

Uma vez que boa parte das informações é despejada com rapidez, o trailer pode deixar qualquer um boquiaberto com seus cenários. Mas é só prestar atenção nos detalhes para perceber que, pelo visto, I Am Alive ainda está longe de ser tão bonito quanto gostaríamos.


A colisão e movimentação de Adam, por exemplo, precisam de muito polimento. A imagem acima é um exemplo claro: se você prestar atenção, vai perceber que ele mal está tocando a superfície do trem em que está andando. Além disso, não é um tanto estranho alguém estar andando em um lugar desses com a mesma postura com que caminharia em um parque?
As estranhezas não param por aí. Pouco depois, vemos o protagonista pendurado na estrutura de um caminhão tombado. Enquanto se balança para avançar entre as barras de ferro, Adam mostra uma postura ainda mais bizarra, como se a parte inferior do corpo dele estivesse simplesmente congelada. Por fim, os feixes de luz podem parecer bonitos, mas estão em ângulos impossíveis.

Mas nada supera a cena em que o personagem desce pela lateral de um prédio caído. A forma como ele se move dá a impressão de que ele está na verdade deslizando por um enorme tobogã, já que as paredes parecem não ter efeito nenhum sobre sua movimentação.
Isso deixa a pergunta: se em quase todas as cenas do trailer era possível ver algum problema, será que não vai ser o mesmo com o jogo inteiro?


O sistema de combate será diferente do usual: além do combate normal com armas, arco e flecha e outros, você deve intimar seu inimigo como, por exemplo, pegar uma arma sem balas e convencê-lo de que está armada.
Em entrevista ao site GameSpot, Aurelien Palasse da Ubisoft Shanghai, alguns detalhes de I Am Alive foram revelados.

É dito que é difícil descrever o game, pois ele não é parecido com nada disponível no mercado. O gênero poderia ser descrito como "Survival Horror" mas sem zumbis. Você precisa sobreviver, cuidar dos seus mantimentos, cuidar das balas e forças. Você não é um super-herói.

Como já explicado, existirá o "Bluffing Intimidation System", que serve para intimidar os inimigos com sua arma mesmo se você não tem balas. Com isso, você pode conseguir que eles desistam de roubar sua água.

O jogo possui várias escolhas a serem feitas. Há momentos que você deve escolher se deve dar seu único med-kit para uma pessoa que está machucada ou quando está com uma arma com apenas uma bala: decida-se se deseja abrir uma porta com ela ou não abra e tenha munição para se defender.

I Am Alive é o jogo adulto que eu queria

Os tiroteios desenfreados tão comuns nos games são substituídos pela tensão de estar desarmado em terreno hostil. Você pode blefar, pode tentar fugir, pode gastar o único tiro que tem. É esse tipo de experiência que você vai encontrar em I Am Alive.

Você já fez um personagem de videogame ter medo de você? Já imaginou como seria isso? Não falo do medo que os fantasmas de Pac-Man sentem quando você come a pílula de poder. Pense em um jogo de aparência realista, em uma cidade destruída por um terremoto. Pense nos moradores daquela cidade, os homens que vão ameaçar você.


E pense também que você pode virar o jogo. Você pode fazê-los ter medo de você. Eles vão se aproximar, de cara fechada, ameaçando você a sair de lá. Levante sua arma. Faça eles terem medo. Eles nem precisam saber que sua arma não tem nenhuma bala. Esse é o meu tipo de jogo.

Cansei de fuzilar centenas soldados nos jogos. E eu estou tendo dificuldade em considerar qualquer jogo de ação como algo próximo a uma experiência madura neste meio ocasionalmente infantil. Eu sou, portanto, o público-alvo perfeito de I Am Alive, o jogo de sobrevivência da Ubisoft Shanghai.

Você é um cara que está voltando para uma cidade que foi destruída por alguma razão desconhecida. Você desempenha seu papel como um acrobata sobrevivente, escalando através de uma ponte semi-destruída, usando habilidades de uma Lara Croft ou um Nathan Drake para se pendurar de bordas e saltar sobre abismos sem morrer. Seus limites são uma limitada barra de stamina e de fome. Você pode comer ou beber água para se recuperar.

Você gasta os primeiros capítulos fazendo coisas que você esperaria fazer num cenário pós-apocalíptico, como vagar pelas ruas – em sua maioria, desoladas. Você ouve pessoas apanhando. Uma velha senhora grita de sua varanda, falando para você não se aproximar. Alguns caras surgem e começam a te provocar.

Quando eles se aproximam, não começam simplesmente a atirar, que é o que geralmente acontece em um jogo. E você não pode simplesmente começar a atirar de volta porque, na mais de uma hora em que eu consegui completar os primeiros 11% do jogo, eu nunca tive mais do que uma bala. Geralmente eu não tinha nenhuma. Você pode levantar a sua arma. Isso fará com que alguns caras se acovardem ou se rendam. Alguns ainda vão continuar se aproximando (você pode esfaqueá-los). Outros não se importam com as ameaças e atiram com suas próprias armas. Basicamente, os criadores do jogo programaram grosseiramente diferentes níveis de coragem para os inimigos. E deram ao jogador a capacidade de intimidar e blefar. Isso é algo mais sutil do que costumamos ver em videogames. Eu gosto disso.

Em uma parte no início de I Am Alive, eu estava no quarto andar de um shopping center, em sua maioria, abandonado. Ouvi um homem tossir abaixo de mim. Ele tinha uma tosse horrível, e eu queria ajudá-lo. Por alguns minutos, eu não conseguia nem descobrir como chegar até ele. Então eu consegui. Desci até o andar onde ele estava preso. Ele precisava de um inalador, mas eu não tinha um. Eu queria encontrar um, e aqui temos o que um jogo maduro deve ser – ou pelo menos o que um jogo que motiva você tocando em verdadeiras emoções humanas deve ser. O homem é apenas um monte de luzes na minha TV. Sua tosse é apenas um efeito sonoro. Mas eu estava interessado nele. O jogo me pegou.


Acho que I Am Alive é um jogo sobre escaladas e caminhadas através de tempestades de poeira e aprendendo a desarmar e assustar seus adversários. É um jogo sobre a tentativa de encontrar sua filha e sobreviver.

É o tipo de jogo que eu quero jogar. Fico feliz em saber que, depois de um ciclo de desenvolvimento um pouco complicado, vou pode jogar em breve.

Um telecurso rápido de sobrevivência em I Am Alive

Aqui seus maiores inimigos são os seres humanos. Aprenda a lidar com eles como você puder – nem que seja com uma arma sem balas.

O trailer “Encounters”, de I Am Alive, da Ubisoft, mostra o que parece ser o protagonista dando conselhos de vida nesse mundo cão. As pessoas são as coisas mais perigosas que você vai encontrar nesse mundo, e há vários maneiras de lidar com elas.
Em I Am Alive vale mais usar seu cérebro do que seus músculos, já que até uma arma sem balas serve para intimidar três sujeitos com facões. O arco e flecha é uma alternativa silenciosa e mortal com munição reciclável. Apesar de ser meio difícil blefar se você não tiver o que atirar. “Mano… você tá sem flecha”.


Aprendendo a sobreviver com as fitas de I Am Alive

O mundo de I Am Alive, o novo jogo de sobrevivência da Ubisoft, não é fácil. Aqui está, portanto, mais uma lição em vídeo para que você aguente firme quando o Apocalipse chegar.

O novo jogo de aventura/sobrevivência da Ubisoft Shanghai, I Am Alive, parece realmente impressionante. Quanto o vi pessoalmente, há alguns, meses, fiquei impressionado com como ele me lembrava o filme A Estrada.

O vídeo acima ensina os aspectos básicos da sobrevivência no jogo. Escalar é vital, mas também é importante prestar bastante atenção na sua barra de resistência.



A Ubisoft anunciou que I Am Alive será lançado no dia 3 de abril na PlayStation Store norte-americana, logo após ter anunciado que o jogo chegará no dia 4 de abril na Europa.

Um preço não foi divulgado, mas vale ressaltar que o jogo custou 15 dólares quando foi lançado na XBLA.

Veja as notas dos reviews que I Am Alive vem recebendo

Guardian – 5/5
MondoBox (Italy) – 8.7
Game Informer – 8.5
Destructoid – 8.5
Eurogamer – 8
IGN – 4.5
GameSpot – 8.5 (video)
GameSpot – 8 (written)
Spong – 7









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