segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Análise Battlefield 3




Battlefield 3 certamente teve seu status modificado desde que os primeiros rumores surgiram. Em primeiro lugar, o anúncio formal botou fim às especulações, transformando a sequência de um dos mais aclamados shooters de todos os tempos em uma feliz certeza para um futuro próximo. Em segundo, a DICE por fim resolveu romper os selos para trazer um pouco mais de materialidade para todo o entusiasmo gerado em meio à respeitável comunidade de fãs de Battlefield.

A premissa básica para Battlefield 3 poderia ser sintetizada por uma frase disparada pelo produtor executivo do game, Patrick Bach, em entrevista ao site Gameinformer.com: “Eu digo honestamente que agora nós podemos fazer o que quisermos, e as escolhas que nós fizemos para o jogo são baseadas naquilo que queremos, não no que temos”.



Em outras palavras, esse desapego — particularmente benéfico — em relação às tradições forjadas em anos de Battlefield parece ter como finalidade a reunião das melhores características encontradas em diversos jogos. Entre elas, o impressionante nível de destruição de cenários de Bad Company 2 e o caos excitante gerado por algumas das batalhas mais encarniçadas de Battlefield 2.

Mas não deve ficar só nisso. Na entrevista mencionada anteriormente, Bach tornou inequívoca a seguinte direção da atual equipe de desenvolvimento de BF: as reinvenções, adições e modificações que precisarem ser feitas, serão. Tudo com o intuito de produzir uma sequência capaz de manter o bom nome de uma série mais queridas e pioneiras de que se tem conhecimento. Enfim, vamos aos detalhes.



Menos Bad Company, mais Battlefield

Embora o nível de destruição de Bad Company 2 tenha inegavelmente fixado um novo patamar de realismo para jogos do gênero, Battlefield 3 parece mais ligado às raízes da franquia, com mapas apinhados de jogadores sedentos por sangue de explosões, fomentando assim o caos e a destruição que melhor definem Battlefield.


Caso ainda reste alguma dúvida quanto a essa orientação, basta conferir o número de jogadores que poderão dividir um mesmo mapa em BF 3. Embora as versões para consoles ainda estejam presas ao limite de 24 jogadores simultâneos, quem tiver um PC poderá conferir 64 sujeitos explodindo coisas e atirando em tudo o que se mexer na paisagem.

Entre outros fatores, é possível isolar um motivo para essa discrepância entre versões: Battlefield 3 será desenvolvido tendo o PC como foco principal. “Nós não queremos produzi-lo nos consoles para então ‘portar’ para o PC — não é assim que fazemos as coisas”, afirmou Bach.



O retorno dos caças

Uma parte considerável do feeling único da série Battlefield vem, desde o seu início, da utilização maciça de veículos bélicos. Bem, BF 3 segue à risca essa prerrogativa, trazendo ainda uma boa notícia: os caças estão de volta — (re)adição mais do que bem-vinda a um universo que andava preso a helicópteros “pau-para-toda-obra”.

Assim como em outros departamentos, os detalhes aqui ainda são bastante limitados — quase inexistentes, na verdade. Entretanto, a presença de aviões permite fazer algumas suposições bastante coerentes. Conforme considerou o site 1UP.com, é possível prever que o exemplar poderio aéreo de BF 3 trará, como forma de equilibrar todo o cenário, um fortalecimento de veículos terrestres. Indo um pouco mais longe, é possível ainda considerar a presença de unidades navais — pura e simples especulação, é claro.


De qualquer forma, parece razoável supor que a DICE fornecerá algo além da clássica artilharia antiaérea de BF. Até porque, há a promessa da maior extensão de mapas jamais vista na série, de forma que deve existir algo além de aviões para cobrir todo o território, certo?


Mais classes? Não necessariamente
Quando os detalhes são escassos, é normal que surjam especulações para ocupar certo vácuo que é deixado. Uma das mais recorrentes há não muito tempo dizia respeito à possível inclusão de novas classes em Battlefield. Quer dizer, soava como uma adição bastante natural.

Mas não, não é bem por aí. Na verdade, a DICE parece considerar que “quatro” é mesmo um bom número para as classes. Entretanto, especializações subordinadas podem ser conquistadas posteriormente através de bonificações e da seleção de equipamentos (weapon loadout).



Dessa forma, as quatro classes originais servem apenas como padrões iniciais, com diferenciações adicionadas posteriormente. Em outras palavras, mesmo que dois jogadores escolham a classe “Engenheiro”, um deles pode buscar bonificações de armas antiblindados, enquanto que o outro focaria no reparo de veículos.

Mas há ainda outra diferença significativa em relação às classes de Battlefield 3: o posto de “Comandante” foi limado. “Você poderia afirmar que se tratava de uma boa característica”, diz Bach, “mas ao olhar para os números, é possível ver que ninguém a utilizava”. Dessa forma, as possibilidades estratégicas relacionadas ao posto não são mais prerrogativa de um único cargo, e qualquer jogador pode virtualmente posicionar tropas e ordenar ataques aéreos.



Um verdadeiro modo campanha

Battlefield 3 deve trazer uma história própria. Não, não se trata aqui de algo truncado; de qualquer tipo de contexto solto mantido por dezenas de boots espalhados pelo mapa. Trata-se antes de um modo campanha sério e completo. Pelo menos é isso que promete a DICE.


Em uma das missões reveladas, por exemplo, os fuzileiros navais precisam abrir caminho através da cidade de Sulaymaniyah (Curdistão) — embora a história não deva ficar restrita ao Oriente Médio, levando a guerra também para regiões urbanas dos EUA e da Europa.

Com relação a outros modos, nada além dos clássicos “Conquest” e cooperativo foi detalhado. Mas, seguindo a ideia do “nós podemos fazer o que quisermos fazer”, é possível cogitar algumas adições para o futuro.



Menos Bad Company, mais Battlefield

BF 3 não deve ser apenas caótico, mas também bastante realista. Por trás de uma destruição sem precedentes dos elementos que forma o cenário, surge uma nova versão da engineFrostbite — convenientemente chamada de Frostbite 2. Para dar ideia da potência do novo motor gráfico, a DICE mostrou recentemente uma sequência na qual um prédio de sete andares se transformava em um amontoado de entulho em poucos segundos.

Já as animações representam a parte da EA no desenvolvimento, que disponibilizou a tecnologia utilizada nos jogos da série FIFA para a construção dos personagens.
http://www.youtube.com/watch?v=j1kanlBZDTk


Battlefield 3 parece perfeitamente capaz de levar o legado da franquia um passo adiante... Talvez vários. Afinal, garantindo-se o clima de caos bélico que sempre foi associado à marca Battlefield, as adições apenas ajudam a tornar a coisa toda ainda mais convincente.

Enfim, que venham novos jatos, armas inéditas e mapas ainda mais extensos. E que venha também o quarto trimestre, período em que Battlefield 3 deve finalmente alcançar as prateleiras.

FONTE: Baixakijogos


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Lindo não ?!

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